Wilhelm Christian Fugmann nasceu em Wieseth, na Baviera, Alemanha, a 31 de março de 1882, filho de Andreas Fugmann e Maria Fugmann. Formou-se em Teologia Luterana (1908), vindo, muito jovem, em missão religiosa para o Brasil, e, então, radicando-se em Ponta Grossa, onde aportou no ano de 1909.

Em 1917, após a declaração de guerra pelo Brasil à Alemanha, as autoridades ordenaram o fechamento da escola e proibiram a pregação em língua alemã. Dois anos depois, a igreja pode novamente abrir as suas portas e a escola teve permissão para retornar as suas atividades, agora com aulas em português.

Durante quarenta e um anos dirigiu o templo luterano local, fundando a escola alemã anexa à Igreja, organizando programas radiofônicos dirigidos à comunidade germânica. Foi admirável pregador e amigo de todos. Uma vez aposentado, decidiu morar em Santa Catarina, falecendo em Piçarras no dia 27 de março de 1954, vítima de ataque cardíaco. Seu corpo foi transladado para Ponta Grossa e sepultado no Cemitério São José.

O Pastor Fugmann foi casado com Magdalena Fugmann, nascida Raschke. Tiveram seis filhos.

Em 1927, publicou juntamente com o Pastor Brepohl, uma brochura do jubileu da imigração dos alemães do Volga. Seguiu-se, em 1929, a publicação de Die Deutschen in Paraná: ein Jahrhundertbuch, traduzido para o português por Francisco Lothar Paulo Lange (2008, Ed. UEPG). Em 1933, produziu um pequeno hinário na língua portuguesa, ampliado em 1939, ano em que também publicou o Manual do Culto Luterano. Finalmente, em 1940 publicou um pequeno livro intitulado Orações Evangélicas e ainda a obra Wilhelm Loehe und Deutsch Lutherische Auslandsarbeit. Escrevia para diversos jornais e revistas, em língua alemã e portuguesa, deixando uma obra de grande profundidade.

Fonte: LANGE, Francisco Lothar Paulo. Wilhelm Fugmann. In: FONTES, Luísa Cristina dos Santos; CHERES, Luiz Fernando; ZAN, Sérgio Monteiro (Orgs.) Biobibliografia da Academia de Letras dos Campos Gerais: Ponta Grossa: Planeta, 2015. p. 266-267.

Legendas das Imagens

1. Bloco de fatura do jornal Neue Heimat und Deutsche Blätter, de São Paulo, cuja representação era feita pelo Pastor Fugmann em Ponta Grossa. Colaborava como colunista e era voltado à comunidade germânica dos Campos Gerais. Década de 1920. Acervo de Carlos M. Fontes Neto.
2. Fotografia da placa tumular que existia originalmente no jazigo do Cemitério Municipal São José, Ponta Grossa. Foto acervo de Carlos M. Fontes Neto, 2003.
3. Quadro com certidão de casamento de Wilhelm Frey e Amalie Sophie Hilgenberg na Igreja Evangélica Luterana Bom Pastor, 1917, com assinatura do Pastor Fugmann. Acervo de Carlos M. Fontes Neto.
4. Ilustração no. 8 do livreto comemorativo dos 80 anos da Igreja Luterana: Comunidade Evangélica Luterana 1894 – 1974. Acervo Carlos M. Fontes Neto. 
5. Recibo de assinatura do periódico “O Mensageiro do Evangelho” com assinatura de Wilhelm Fugmann. 1950. Acervo de Carlos M. Fontes Neto.
6. Fotografia da Deutsche Schule (Escola Alemã) e da Igreja Evangélica Luterana Bom Pastor, final dos anos 1920, na Rua Francisco Búrzio, em Ponta Grossa. Ambas foram demolidas. Foto Weiss, acervo de Carlos M. Fontes Neto.
7. Cartão de Natal enviado pelo Pastor Fugmann para a família de Guisela Veleda Frey Holzmann, 1949. Acervo Carlos M. Fontes Neto.
8. Capa da edição comemorativa do “Centenário da Imigração dos Alemães no Paraná” de autoria de Wilhelm Fugmann, traduzida do alemão por Francisco Lothar Paulo Lange. Acervo de Carlos M. Fontes Neto.
9. Fotografia de Wilhelm Fugmann com seu filho, Foto Bianchi, sem data. Acervo de Carlos M. Fontes Neto.
10. Pastor Fugmann com seus alunos em frente da Deutsche Schulle. Foto Bianchi, anos 1920. Acervo de Carlos Mendes Fontes Neto.